Minha linda e talentosa amiga Fabíola, autora desse blog junto comigo, acaba de dar um passo a mais na sua linda carreira... Foi contratada pela marca Karina Romanenko para ser estilista desta novo marca que acaba de inaugurar loja nos Jardins, mais especificamente na rua Dr. Melo Alves, onde funcionava a loja da Vera Arruda.
O que dizer disso? Asseguro a vocês que a marca será inovadora, moderna e consciente, pelo menos no que depender desta talentosa garota que aos poucos está provando a que veio. Sempre conversamos sobre a questão da identidade da moda brasileira, o que se deve fazer (ou não) para chegar “lá” e nesse ponto somos categóricas que a ética e o respeito a seus ideais está acima de tudo, portanto confirmo o que disse, no que depender de Fabíola, sei que a marca será ética e comprometida.
Aí vai um resumo do trabalho que está sendo desenvolvido para a marca:
A marca Karina Romanenko apresenta de forma original o uso do corset, sendo o mesmo símbolo de sua marca. Ele reaparece de várias formas e materiais sem perder a magia estética da tradição! Nós temos o maior prazer de apresentar o corset como exemplo da força feminina, sem imposição e sim como um desejo natural de se mostrar bela, sedutora, moderna e acima de tudo...Livre!!!
domingo, 27 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
Moda Brasileira? Que Moda???
Estive lendo este mês uma entrevista da revista L´Officiel com a inglesa Vivienne Westwood, e fiquei muito impressionada e reflexiva. Impressionada porque Vivienne afirma não conhecer absolutamente ninguém que faça moda no Brasil, e faz inclusive um comentário pobre e talvez(?) irônico quando perguntada sobre isso pela repórter e na qual ela prontamente responde “Não(não conhece a moda feita no Brasil). Só posso dizer que você está bonita, porque é isso que estou conhecendo agora. E as modelos brasileiras que são famosas por serem lindíssimas...” . Mais adiante a repórter comenta uma comparação feita pelo escritor e jornalista Collin MacDowell de seu trabalho com o de Herchcovitch, não em semelhança, mas em autoridade em mostrar e represenatr a moda de seu país e mais uma vez ela responde : “Eu não conheço Herchcovitch; Já ouvi falar, mas não sei o que ele faz...”
A reflexão veio depois, quando parei pra pensar nas palavras desta “rainha” da moda contemporânea, considerada transgressora de normas, de regras, de tendências, aliás, uma das grandes criadoras das tendências nos anos 70 e 80 principalmente. Ela com todos os seus méritos mostrou a nós o quanto ainda somos insignificantes no quesito “moda” lá fora. Sim, insignificantes!!! Uma pessoa como ela, que quebra regras, provavelmente tem preconceito com nossa moda, a ponto de nem se dar ao trabalho de pesquisar algo sobre nossa moda ao vir ao Brasil, para pelo menos ter o que comentar ... Você imagine, caro leitor, os estilistas americanos, italianos e franceses que se acham o “supra-sumo” da M ... Se uma pessoa dessa não sabe e nem quer saber nada do nosso país, é porque o mundo em que vive já lhe basta, e aí entra meu pensamento: “Porque conosco tem que ser exatamente o contrário? Porque temos que valorizar mais e mais e mais tudo que vem de fora, mesmo que seja made in China, made in Paraguay?
É, acho que o brasileiro ainda tem muito que aprender... Essa história de “sou brasileiro, com muito orgulho” é lero, lero. Recentemente vimos o porquê.
Explico: o que vimos nas passarelas do SPFW ou do Fashion Rio, que seja autenticamente brasileiro, despido de tendências (tendenciosas), despido de um desejo desesperador de internacionalidade, e que acaba com isso se transformando em meras cópias? Poucos, muito poucos estilistas engrandecem e enriquecem de verdade a moda brasileira, meus caros. É a verdade, isso tem raízes históricas, desde que a colônia por aqui se instalou e mandou trazer a última moda de Paris, nós estamos até hoje fazendo isso: nos curvando diante da supremacia de todo o mundo sobre nós. Sabe por que? Porque temos problema de auto-estima, temos problema em encarar a moda como algo sério, somos ultra-conservadores e pechincheiros, sim, não queremos pagar por coisas diferenciadas!
Então, para concluir, o que nos falta é uma coisa chamada “cultura de moda”. Ou seja, respeitar a moda como algo extremamente importante importante dentro de nossa sociedade, respeitar mais os profissionais que fazem moda em nosso país, deixar de exigir dele que ele esteja “ligado” no que acontece lá fora e deixá-lo criar com o que o que tem aqui, para as pessoas daqui. Quando aceitarmos isso, uma moda 100% nacional, regional, adaptada a nós, nosso clima, nossos gostos, nossa forma peculiar de ser, talvez aí, só aí, os que vêm de fora passem a nos olhar com outros olhos e nos respeitar...
LINK para uma parte da entrevista de Dame Westwood:
http://lofficielbrasil.uol.com.br/site/#/moda/1/475/
A reflexão veio depois, quando parei pra pensar nas palavras desta “rainha” da moda contemporânea, considerada transgressora de normas, de regras, de tendências, aliás, uma das grandes criadoras das tendências nos anos 70 e 80 principalmente. Ela com todos os seus méritos mostrou a nós o quanto ainda somos insignificantes no quesito “moda” lá fora. Sim, insignificantes!!! Uma pessoa como ela, que quebra regras, provavelmente tem preconceito com nossa moda, a ponto de nem se dar ao trabalho de pesquisar algo sobre nossa moda ao vir ao Brasil, para pelo menos ter o que comentar ... Você imagine, caro leitor, os estilistas americanos, italianos e franceses que se acham o “supra-sumo” da M ... Se uma pessoa dessa não sabe e nem quer saber nada do nosso país, é porque o mundo em que vive já lhe basta, e aí entra meu pensamento: “Porque conosco tem que ser exatamente o contrário? Porque temos que valorizar mais e mais e mais tudo que vem de fora, mesmo que seja made in China, made in Paraguay?
É, acho que o brasileiro ainda tem muito que aprender... Essa história de “sou brasileiro, com muito orgulho” é lero, lero. Recentemente vimos o porquê.
Explico: o que vimos nas passarelas do SPFW ou do Fashion Rio, que seja autenticamente brasileiro, despido de tendências (tendenciosas), despido de um desejo desesperador de internacionalidade, e que acaba com isso se transformando em meras cópias? Poucos, muito poucos estilistas engrandecem e enriquecem de verdade a moda brasileira, meus caros. É a verdade, isso tem raízes históricas, desde que a colônia por aqui se instalou e mandou trazer a última moda de Paris, nós estamos até hoje fazendo isso: nos curvando diante da supremacia de todo o mundo sobre nós. Sabe por que? Porque temos problema de auto-estima, temos problema em encarar a moda como algo sério, somos ultra-conservadores e pechincheiros, sim, não queremos pagar por coisas diferenciadas!
Então, para concluir, o que nos falta é uma coisa chamada “cultura de moda”. Ou seja, respeitar a moda como algo extremamente importante importante dentro de nossa sociedade, respeitar mais os profissionais que fazem moda em nosso país, deixar de exigir dele que ele esteja “ligado” no que acontece lá fora e deixá-lo criar com o que o que tem aqui, para as pessoas daqui. Quando aceitarmos isso, uma moda 100% nacional, regional, adaptada a nós, nosso clima, nossos gostos, nossa forma peculiar de ser, talvez aí, só aí, os que vêm de fora passem a nos olhar com outros olhos e nos respeitar...
LINK para uma parte da entrevista de Dame Westwood:
http://lofficielbrasil.uol.com.br/site/#/moda/1/475/
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